Quando não mudamos os outros, que não nos mudem a nós.

Há palavras e retalhos de histórias que me acompanham todos os dias. Há palavras que se colaram à memória, há histórias que estão gravadas na pele. Há dias em que só elas nos envolvem e conseguem sacudir a poeira dos dias. Há dias que só elas me fazem voar. Nicolás Buenaventura Vidal é um Deus Contador e foi na voz dele que conheci esta história que me eleva... 

"O contador começou por ter 500 ouvintes, depois 300, logo depois 100. Ía todos os dias à praça da sua cidade e... contava, contava, contava... histórias para mudar o mundo.
Acabou por não ter ninguém a escutá-lo. Como não era capaz de desistir de contar histórias... começou a fazer este trabalho com os olhos fechados, sempre com o mesmo entusiasmo, sabendo que provavelmente ninguém estava disponível para escutá-lo. Agora consideravam-no louco... Um dia aproximou-se uma menina, viu-o, tocou-lhe no braço e perguntou-lhe: Porque contas histórias com os olhos fechados e para ninguém? Não vês a praça vazia? Ele respondeu-lhe: conto histórias para mudar o mundo. E as pessoas? Nem uma, insiste a menina. O contador abriu os olhos, olhou em redor e respondeu-lhe: Sim, é assim como dizes, conto histórias para que o mundo não me mude a mim."

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