Fernanda Freitas, Cidadania e Criatividade

Hoje, durante uma conferência sobre Cidadania e Criatividade, realizada no Instituto Piaget, várias vezes pensei na sorte que tenho. Sorte nas pessoas que me rodeiam, nos exemplos de vida que são e na capacidade que têm de se desmultiplicar em múltiplas tarefas válidas para a sociedade. Tudo isto sem perderem o sentido de humor, a disponibilidade para serem felizes, a capacidade de amarem. O testemunho foi dado pela jornalista Fernanda Freitas e "Cidadania Criativa" era o título da sua intervenção. Uma mulher mãe, jornalista (durante sete anos responsável pelo programa "Sociedade Civil", na Rtp2), e um verdadeiro furacão na área da intervenção social. O currículo público da Fernanda (que podem ver aqui) é impressionantemente pequeno quando comparado com a realidade. Inúmeros prémios de jornalismo, dezenas de vezes convidada para ser Embaixadora (sempre na área das causas sociais), a distinção este ano como Oficial da Ordem de Mérito (Voluntariado e Serviço social), a criação de inúmeras iniciativas enquanto jornalista... e ainda é muito, muito pouco para explicar aquele furacão de atitude. A sua presença enche uma sala. Por entre a sua beleza também cabem muitos gestos com as mãos, um pensamento e uma voz em modo "speed" e ligeiramente arrastada por um sotaque do Porto. E deste modo, hoje, a Fernanda contou várias histórias que foi presenciando ao longo da sua vida, durante estas andanças pelas causas. Uma vida pautada pela aceitação da diferença, que bem cedo deixou de o ser, e passou a ser normalidade. Histórias de um mérito tremendo na área do voluntariado, do serviço à sociedade, do exercício de cidadania. Uma delas é um exemplo que vem do Porto, onde jovens de um prédio, em vez de ficarem pela vida virtual ou mesmo pelo seu grupo de amigos, começaram a "clicar" na campainha dos vizinhos. Em vez de ficarem isolados num mundo virtual, saíram à rua, e começaram a tocar a campainha dos vizinhos para saberem se estes estavam bem. Só isto. E claro, uns estavam bem, outros nem por isso. Do prédio à freguesia foi quase à velocidade do próprio clique. Outra história vinha da Golegã, outra de Alfândega da Fé, outra e outra, e outra, e outra... Contou-nos e Encontou-nos. Inúmeros exemplos por ela proporcionados, e outros trazidos a público por si. E isto sim, é estar ao Serviço do Público, da Sociedade, da Cidadania. E também eu fiquei com vontade de ir tocar à campainha dos vizinhos... e fui ... mas já tinham saído para férias. Importa levantarmo-nos do lugar. Importa ir e fazer. Formal ou informalmente, o acto do voluntariado é uma fonte de vida. Quem o faz renasce, quem o recebe revitaliza. Obrigada Fernanda por nos tornares cidadãos mais criativos!

Estes dois links que vos deixo são dois projectos apadrinhados pela Fernanda e que precisam de um "clique" vosso... 



Comentários

  1. Adorei! "Sabureei" cada palavra que aqui escreveu e também as palavras proferidas pela Fernanda Freitas. Adorei a formação e a oportunidade de também eu me tornar uma cidadã mais criativa! Obrigada.

    Salomé

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