Mais uma volta, mais uma rodada, menina bonita não paga mas também não entra...
Ontem foi dia de Feirinha com direito a fartura, música de feira, confusão de feira, gente de feira, artesanato de feira. Não me lembro dos preços das diversões há trinta anos atrás, hoje sei que uma ida à feira representa uma lição de contenção a todos os níveis. Questões orçamentais e educativas levam à escolha certa e consequentemente ao brinquedo certo. Não é fácil, e nós sabemos. Cada viagem custa dois euros, e as que demoram mais eleva para três. O melhor esquema é levar uma quantia certa para gastar e ir fazendo contas de dividir e subtrair. A única conta de somar que podemos fazer é do prazer e a alegria dos mais pequenos. Aos adultos resta suspirar de nostalgia.
No meu caso aparece a Nostalgia da "Feira Popular de Lisboa" onde não faltava a fartura, a Casa dos Espelhos, a Casa Assombrada, os carrinhos de choque, os Senhores dos restaurantes a insistirem que entrássemos no seu espaço, os tiros ao alvo, lançamentos às latas... Era um espaço ritual. Todos os que por lá passaram lembram-se de cada momento, desde o bilhete de entrada aos longos passeios a pé, à escolha do entretenimento certo, à feira dos móveis, as guloseimas, os "sinais de má disposição" de quem saía das autênticas máquinas de lavar, até à triste saída.
Apaga-se a luz do sol para dar lugar à dos carroceis... mais uma volta, mais uma rodada, menina bonita não paga mas também não entra...
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