2014 para 2015

Não foi um ano especialmente positivo. Não foi. Estive a rever os meus votos feitos em 2013 para o ano seguinte e, na realidade, são apenas votos, sem nenhum poder de decisão na concretização dos sonhos. Foi um ano de perdas e de alguns ganhos. Ganhos feitos a custo de pancada, mas muito valiosos. Um nascimento foi a principal surpresa.

Acabo o ano com a bateria a 10% e neste preciso momento não sei como recarregá-la. Felizmente existe um projecto que se mantém e cada vez melhor, o da maternidade. Ao invés, o da amizade sofreu alguns assombros, aliás, descobertas menos felizes. Felizmente as que já estavam sólidas, sólidas permaneceram. Sei cuidar delas e parte do meu ser alimenta-se disso.

Não é um fechar de ano feliz, o 2015 vai ser a continuação deste e sei que se vai manter igualmente duro. Duro porque nas alturas mais "cruéis" e de extremos, por norma as entranhas das pessoas vêm ao de cima e passamos a conhecer o verdadeiro ser de cada um. Por vezes somos surpreendidos pela positiva, outras pela negativa. Custam-me muito as negativas, como é óbvio. Não sei lidar com jogos de vida. Não lhes vejo vantagem nenhuma. Não gosto de competir. Não gosto de injustiça. Não gosto da falta de respeito. Não gosto que me sorriam quando me querem bater. Não gosto que não me digam onde errei. Não gosto que não me digam onde venci. Não gosto de sentir que não avancei na vida. Não gosto de trabalhar sozinha. Não gosto de sobreviver financeiramente. Não gosto de pessoas falsas à minha volta. Não gosto de ficar calada. Não gosto de comer sozinha. Não quero ficar onde me acomodei. Gosto de partilha, de construção, de equipas, de força, de apoio, de amor, de esforço em colectivo. Gosto que me digam "Posso contar contigo?". Gosto de desafios. Gosto de estar parada em frente ao sol. Preciso de amizades e amores. Quero acreditar mais em mim. Não quero deixar de acreditar em mais ninguém. Gosto de me ultrapassar e de me vencer. 

Passo de ano porque é obrigatório, não posso andar a fugir ao tempo. O festejo acontecerá porque tudo é festa nessa noite. Fico a 15 anos de uma passagem de ano medonha e a 15 do ano 2030. Talvez nessa altura os planos sejam outros...

   

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