Enchemos Nada, e ficamos com tudo, de nada.


E o balão esvazia quando no Lugar está o Nada, e em parte alguma está o Tudo. 

Chegas, e há Nada. Olhas à tua volta, e lá está Tudo... e por mais que grites, o Nada da tua voz nunca alcançará parte alguma.

Nunca mais haverá Tudo no teu Lugar, é. 

Ou então teremos de reinventar um novo Lugar, redimensionar o tamanho do Tudo e do Nada, e voltar a descobrir em que parte se enche o balão.

Esvaziamos Tudo, ficamos com Nada.

Enchemos Nada, e ficamos com tudo, de nada. E nunca mais seremos Nada porque, afinal, sempre tivemos tudo.


(El vacio: ANNA LLENAS)


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