O D E I O - T E

Odeio-te, odeio-te, odeio-te... nunca posso ter razão em nada, tu levas sempre a melhor; tens a mania que sabes e que quem fala nada sabe; não me deixas ter ideias; não me deixas criar; não me deixas escrever com a alma; não me deixas escrever com o coração, só cabeça e razão; não me deixas pensar por mim; não se pode falar contigo a não ser que esteja devidamente justificado; tens de saber sempre tudo, com registo de nomes, apelidos, datas, locais... odeio-te!!!!!!

APA Odeio-te (Alves,  2013)


Cortam-me as pernas (Alves, 2013)

A escrita académica, no meu caso escrita académica APA, foi uma das razões da existência deste blogue*. Não gosto dela, não nos damos bem. Não é minha amiga, nunca foi às compras comigo ou a uma festa de anos mas, infelizmente, ela tem dormido cá em casa. Abusada!!! E porque não somos amigas resolvi ter um espaço de escrita livre, o blog. Onde eu e a escrita fossemos amigas! Como todos sabemos qualquer processo de escrita é solitário e doloroso, ainda hoje, durante o lançamento do maravilhoso livro da Mª Teresa Meireles ("Mirabilia"), ouvimos Fernando Pinto do Amaral comentar este assunto. Mas "escrita académica" para além de solitária e dolorosa obedece a milhares de ordens, jeitos, normas, procedimentos onde uma pessoa só de se aproximar fica sem vontade de escrever. Pensando melhor, provavelmente essa é a sua principal função - "provocar a desmotivação na escrita" para que, deste modo, os investigadores só se foquem na obrigação e não no prazer. Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque. Não se brinca com isto, certo?! Leituras e escritas uniformizadas mundialmente é que se quer! Qual "toque especial"?! 
Cá por casa andamos neste martírio. Eu e a APA. 

... e como este texto tem mais de 40 palavras eu devia destacá-lo num bloco, não utilizar aspas no início e no fim, recuar meia polegada, dar espaço 2 entre alguma citação e no fim do bloco de texto colocar isto:

(Alves, 2013).

* precisava de ar na escrita, de escrita saudável sem normas da APA 

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