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Escola Sem Muros...

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Final de ano... avaliação ... planificação do próximo. Esperança, muita. Ter a certeza de estar no caminho certo. A fazer desta escola uma verdadeira escola porque tem os melhores estudantes.  Muito, muito trabalho, muita discussão embrulhada em loucura e assente em pilares fortes. Passos pequenos mas grandes conquistas. Mais um ano a derrubar muros da escola. Uma Escola Sem Muros que permite que os seus alunos vejam mais além, que tenham medo de cair do muro que ainda existe e saibam gritar por ajuda. Uma Escola Sem Muros que constrói cidadãos que recebem todos, que todos aceita e em conjunto trabalham, cada um a seu ritmo.  Uma escola em que o professor é um entre Todos; que sabe umas coisas que os outros Todos não sabem e que escuta o que Todos os Outros têm para dizer e manifestar. É uma escola onde cada um é respeitado por inteiro, que ajuda cidadãos a agirem de forma democrática e em permanente descoberta. É uma escola que faz parte da Vida, com qualid...

De nada nos servem as palavras

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De nada nos servem as palavras se elas não deixarem o Outro em silêncio Em palavras colocas o Outro em si   Nas palavras feitas em si o Outro leva-te no silêncio Mas em palavras colocas-te em mim Nas palavras feitas em ti levas-me ao mais profundo silêncio em mim... Em palavras colocas-me longe de ti Nas palavras feitas em nós nunca ouvi sequer uma palavra tua ... Entre aquele tempo e o agora deixei de ouvir as batidas do meu coração... passei a escutar gritos que te chamavam De nada servem as palavras se elas não deixarem o Outro em si Sirvo-me agora dos teus silêncios para me imaginar contigo para calar os gritos que existem em mim...

Palavra Estranha

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Não sou capaz de escrever aqui pensando que há alguém desse lado que me crítica, que me julga de forma gratuita, sem a minha moeda troca.  Não sou capaz de escrever aqui enquanto pensar que há quem eu queira que leia e não o faz. Não sou capaz de escrever aqui quando penso que quem aqui me lê, acha que sabe que me lê. Não sou capaz de escrever aqui enquanto sentir que este era o meu espaço de escrita e agora é um espaço de voyeurismo. Aqui expus tantas histórias. Verdadeiras, ficcionadas, reduzidas, metaforizadas, aumentadas, adjectivadas. Fui alvo da crítica de leitores que não conseguiam ler-me através deste Beijo Sabura. Fui acarinhada por outros que se leram neste espaço Beijo Sabura.  Se escreves metáfora e não entende, algo estranho se passa. Se não escreves acerca de um momento, algo estranho se passa. Se falas, algo de estranho se passa. Se não falas, algo de estranho se passa. Se não tens companheiro(a), algo de es...

O amor, quando se revela

É daqueles textos que já sentimos na pele, que nos moldaram, que nos embriagam, que nos afirmam e que até podíamos ter sido nós a escrever... mas não, foi Ele... O amor, quando se revela, O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra  ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há-de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se  ela  adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P'ra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar... 1928 Poesias Inéditas (1919-1930).  Fernando Pessoa

Correntes

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Correntes... As correntes mais fortes são as que ligam e não as que prendem... ligam à memória, ao amor, à amizade! #amizadebemprecioso #correntes 

Tempo intemporal

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Há tanta coisa intemporal o próprio tempo não tem tempo se ele o tivesse de certeza que não perdia tempo com coisas temporais Há tanta memória sem tempo perdida num tempo, guardada noutro  Hoje é dia lamecha... 

Talvez

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Talvez não ser, é ser sem que tu sejas, sem que vás cortando o meio dia com uma flor azul, sem que caminhes mais tarde pela névoa e pelos tijolos, sem essa luz que levas na mão que, talvez, outros não verão dourada, que talvez ninguém  soube que crescia como a origem vermelha da rosa, sem que sejas, enfim, sem que viesses brusca, incitante conhecer a minha vida, rajada de roseira, trigo do vento, E desde então, sou porque tu és E desde então és sou e somos... E por amor Serei... Serás... Seremos...  Pablo Neruda "Talvez"  Foto @fernandoladeira