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A mostrar mensagens de outubro, 2016

Roubei-te um beijo...

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As memórias constroem-se, constroem-nos As saudades constroem-se, desconstroem-nos  Limpam-se com o tempo. Demoram tempo. Vagueiam por entre ventos quentes,  por cima de nuvens,  raspam-se entre as rochas,  colam-se ao rótulo de uma garrafa,  a infinitos grãos de areia fina Escondem-se num frasco de perfume,  estendem-se na folha de um caderno embrulham-se num cachecol esgueiram-se por entre frascos de especiarias enchem o peito num por de sol enrolam-se num abraço grande e apertado e não abalam  teimam em ficar a aparecer quando menos se espera.  Deixam de ser convidadas mas mesmo assim conseguem ser ouvidas.  Passam a ser um "número não identificado" que ignoramos mas que, mais cedo ou mais tarde, acabamos sempre por atender...