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A mostrar mensagens de julho, 2014

Entra Agosto, sai desgosto

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Passar os últimos dias a trabalhar na companhia de quem mais amo tem sido o que me aguenta neste "QUASE de férias"... É um quase difícil de roer, de mastigar e de engolir! Sou pessoa expert no negócio de "não fazer nada obrigatório nas férias"! Mesmo! E preciso disso! Preciso deixar de saber o dia da semana e guiar-me pela posição do sol e pelas estrelas. Preciso vestir o primeiro trapo que vem à mão. Tomar o pequeno-almoço sem tempo, ler as revistas cor-de-rosa antigas, passear a pé o tempo que me apetecer, enfiar-me no carro e parar não sei onde, dormir sestas na praia, ficar em silêncio a ver um pôr de sol ou bater palmas por ele, almoçar qualquer coisa e jantar em gourmet, brincar e construir com o meu filho! Preciso largar a palavra OBRIGATÓRIO, just that!  Nesta profissão da educação os professores vislumbram férias em Agosto, um excelente mês para as gozar, como bem sabeis, mas enfim..."professores" e "multidão" rimam por isso nós já não n

Poucas palavrinhas para uma das verdades mais difíceis

Conhece-te primeiro e depois tenta descobrir o outro...

Esta resposta tem uma vida inteira atrás do nosso presente...

Mais um Dia a comemorar... o da Amizade. Entre todos os outros dias do ano, este relembra-nos esta relação especial. A frase "Um amigo é..."  lembra-me os exercícios dados na escola nestas ocasiões especiais. Por norma as respostas são rápidas e comuns, mas na verdade, continuar esta frase tem que se lhe diga! Esta resposta tem uma vida inteira atrás do nosso presente.  Quando era pequena a matriarca lá de casa acusava-me de eu ser uma espécie de "Santa casa da Misericórdia" para os amigos, e nunca pensar em mim. Sempre ouvi isto, mas nunca alterei o comportamento com os meus amigos; apenas alterei o comportamento com ela, fugindo às conversas acerca dos amigos. Nunca achei que estivesse a fazer alguma coisa que não devia ser feita. Numa família biológica - onde não existe o que uma boa amizade contempla (conversas sobre tudo e sobre nada, companheirismo, apoio às racionalidades e às irracionalidades...), procura e constrói-se a família dos amigos. E é co

E é nesta altura que nós, mesmo que, por breves instantes, desistimos e deixamo-nos levar. Somos manta morta na Vida.

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Às vezes achamos que tudo podia ser mais fácil, que não era necessário tanto sofrimento para perceber aquela verdade, que o Caminho podia ser menos sinuoso e, sobretudo, que já sofremos o suficiente e era altura de o Universo escolher outro alvo. Entramos numa espiral frenética e para sair temos duas hipóteses: ou desistimos, deixamo-nos levar na espiral e só nos levantamos quando esta se dissipa, ou - sempre a mais difícil - damos dois ou três passos ao lado da nossa vida, saímos da espiral e ficamos a olhá-la do lado de fora. Na maioria das vezes a falta de forças, o cansaço, o desencanto já são tão grandes que todos juntos se apoderam da nossa pele e ali se amontoam transformando-nos em manta morta. E é nesta altura que nós, mesmo que por breves instantes, desistimos e deixamo-nos levar. Somos manta morta na Vida. Entramos em desespero, em estado de raiva, confusão, culpabilização e passamos de Seres racionais e irracionais para somente Irracionais, connosco e com o mundo.  Enraivec

Habitar aquela casa era uma encruzilhada...

O seu pai viveu sempre rodeado por um Diabo que o pontapeava, via mulas sem cabeça nas encruzilhadas e homens com cornos e cascos de cavalo. Ele ouviu aquelas histórias toda a vida, e ao mesmo tempo também as viveu. A sua casa era de facto um inferno, onde o pior Diabo de todos era a miséria e a fome.  Habitar aquela casa era uma encruzilhada. Não havia um caminho longo e tranquilo para a ela chegar, nem para nela permanecer. Todo o caminho era feito de incertezas de sobrevivência à vida. Todo caminho era um sinuoso labirinto. O seu pai sempre habitou aquele lugar. Era-lhe fiel. Mais fiel que ao lugar e à casa, só à bebida. A sua família nasceu e habitou sempre aquela casa. Casa que acolheu muitos tombos, gritos, faltas de amor e excesso de fome. Aquela casa acolheu demasiadas faltas de respeito pelo Ser humano. Às vezes chego mesmo a culpada. Devia ter-se desmoronado. Podia ter-se desmoronado para que aquela família se reconstruísse noutro lugar, que não um beco sem saída. Devia te

See small things with your heart

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Dia Mundial de dar os parabéns aos Avós ...

Dia Mundial dos AVÓS                                                Ser avô é ser bom filho e ainda melhor pai !!! Parabéns aos meus por todas as memórias que me deixaram. Parabéns aos do meu filho por todas as memórias que lhe constroem. Parabéns Conceição Costa, que apesar de uma barriga dorida e cheia de dores, consegue suportar o peso dos netos para ouvir uma história. Parabéns Avós loucos que recebem os seus netos de férias! Parabéns Avós loucos que ainda jogam à bola com os seus netos, mesmo em terrenos escorregadios. Parabéns Avós loucos que aceitam ser pais pela segunda vez, quando os vossos filhos emigram. Parabéns Avós que vivem o resto das vossas vidas, de igual para igual com os vossos netos, na mesma fornada de expectativa, alegria, desapego material, apego amoroso, atenção... Eu tenho um feeling que o meu bom filho, será ainda melhor pai e eu serei a melhor avó do Mundo!!!

poeta

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Há poetas que colam sentidos à vida...

Do rescaldo de ontem...

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@ritalourencoalves Imaginar a vida sem os meus suportes de tranquilidade é ver o caos e a guerra. E são eles que me reflectem muito daquilo que sou e daquilo que quero ser. Ainda ontem, depois da azáfama do encontro académico (adiante... adiante...) consegui Estar com alguns desses suportes. Um encontro estritamente não profissional com uns amigos,  outro encontro casual com mais uma amiga, mais um  encontro casual na mesma esplanada, e por fim, um encontro marcado num miradouro bonito. Acreditar que a  minha vida também passa por estes suportes está-me entranhado na pele. E como é bom sentir que de todos estes encontros (excepto o académico, claro) eu engordo tanto na paz de espírito e na sabedoria . Ninguém é gestor de um banco, accionista ou trabalha na Bolsa mas todos nós sabemos o quanto vale cada acção de uma verdadeira amizade!

Se a partir de hoje eu deixar de publicar...

Se a partir de hoje eu começar a publicar, neste canto Sabura, escritos académicos, a razão é simples: passei-me e vou agarrar-me ao difícil trabalho de escrever academicamente.  Nada prometo, o encontro está marcado para daqui a pouco.  Quem sabe se eu alterasse o compromisso de escrita aqui, e a partir de agora todos os dias me obrigasse a publicar um parágrafo académico, quem sabe se eu não terminava isto mais depressa.  Quando me ponho a pensar que quem me "incentivou" para fazer esta formação, depois desapareceu dela porque se apaixonou e agora vive um amor tão bonito...dá-me três voltas ao estômago e vontade de mandar os títulos às couves. Entretanto a minha amiga continua abraçada ao seu grande amor, e eu v ou ali abraçar-me e namorar com a Ferreiro, a Teberosky, a Lurdes Mata, o Chauveau, a Benavente, a Alves Martins...

PACC, dia 22 julho 2014

É o desgoverno que temos... nada a fazer agora. Não há quorum suficiente para derrubar este governo. Não há meio de embalsamar aqueles mamutes (com todo o respeito por essa espécie animal) e mandá-los por um precipício abaixo.  Eu fiz aquele teste, que chamam PACC, no dia 18 de Dezembro. Cerca de dez pessoas à entrada, na manhã, com bandeiras e tentando sensibilizar quem se vendeu e aceitou vigiar a prova. Estive duas horas a fazer um teste que dá para provar que sou cidadã portuguesa, ou que pelo menos, sei ler a língua portuguesa. De resto não prova mais nada. Não provar nenhuma Aptidão e Competência para ser professor. Nenhuma.  Entrei com muitos mais que não queriam fechar uma oportunidade de emprego. Saí de rastos, como se um cilindro me tivesse passado por cima do corpo. Fomos cilindrados pelos olhares desconfiados dos parceiros de profissão, que vigiavam o exame. Estes tinham o desplante de dizer que estavam do nosso lado (aqui sim era de aplicar uma prova acerca das qu

Impressão digital

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Encontrares a impressão digital que encaixa com a tua deve ser um dos maiores acasos da vida... Via Pinterest

das coisas quase impossíveis da vida...

Ela gostava dele por inteiro, ainda que ele fosse um caco Ele não sabia gostar dela por inteiro, porque ela era demasiado para caber num só!

histórias que começam pelo fim...

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Por vezes há histórias começam pelo fim. Sabemos como terminam ou como gostariamos que terminassem e, contrariamente ao ritmo da natureza, reconstruímos o desenlaçar da história. Será por isso que muitas vezes vivemos colados às expectativas?! Não as expectativas finais, mas as expectativas de como se desenrola a história? Porque do fim já nós temos a certeza.

Bater palmas

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O Bater palmas aos fenómenos bonitos da natureza tem vindo a tornar-se um hábito feliz... Sobretudo quando toca um pôr-de-sol. Lembro-me de, no verão de 2007, ter parado o carro na estrada algumas vezes para bater palmas (com os pelos eriçados) ao pôr de sol, em Sagres! A luz com que somos presenteados no cair do sol, no mar, faz-nos sentir abençoados e sortudos! Se a estes momentos acrescentarmos a boa companhia, o caso merece ainda mais respeito e mais palmas. É, sem duvida, um momento regenerador de boas energias. Espero que também vocês o aproveitem de quando em vez... "Atira-te ao Rio" (Almada)

Não é possível registar o momento

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Pediu-me que registasse o momento do nosso acordar, um registo para nós, mas fica difícil não partilhar. Partilhar, não fugindo à regra da privacidade. Muitas imagens registadas e apenas uma partilha feita. Uma imagem destorcida,, porque na realidade, não há máquina que consiga registar o que é este Momento.  Foste tu quem me acordou para a vida, Guerreiro.  És tu o meu melhor acordar de vida, e as palavras  "Vida" e "Acordar" fazem de ti o meu herói. Depois de um dia assombrado por tantas imagens tristes do mundo exterior, dá vontade de voltar a este ninho. E eu volto, várias vezes ao dia!

Não descobriram água na Lua?

É incrível o que o animal humano consegue. Mata, mata, mata e volta a matar sem pudor, pena, mágoa ou rancor. Acho que mais nenhum animal utiliza a morte, quase de forma gratuita, como o humano faz. Israel, Palestina, ataques aéreos, ataques à machadada, centenas e centenas de seres humanos mortos pelos da sua espécie. Lutas desiguais, feitas com mais ou menos dinheiro, com mais ou menos armas. Até nisso os humanos se tornaram cobardolas, já desde o tempo do ferro, do cobre e do dinheiro. Lutem, mas de corpo a corpo, sem arma nenhuma de ferro, metal, aço. Lutem com as mãos. Matem com as mãos. Se calhar nessa altura recusar-se-ião matar, mas assim é fácil. Lança o míssil, afia a faca, carrega a espingarda. Assim não és tu a matar, é a arma e na tua consciência está tudo limpo porque recebeste uma ordem superior e só o teu dedo obedeceu. O animal humano emburreceu, estupidificou, embruteceu com o dinheiro e com o território. Não há nenhuma razão verdadeiramente válida para continuarmo

A noite em que partilhou o amor

Bárbara já ultrapassou a barreira das oito dezenas de primaveras. Caminhou-as sempre em terras secas e áridas, no meio do Alentejo. Até ao dia em que conheceu o seu António. Um homem que namorou sete anos a mesma moça e que, no final desse tempo, encontrou o amor eterno em Bárbara.  "Travámos conversas, mas a minha maior preocupação é que ele nã tivesse deixado dívidas com a moça. Ê perguntava-lhe ...  Vomecês tiverem juntos tantos anos, tu nã deixas dívida nenhuma com o moça?!" Namoraram pouco tempo. Marcaram a boda para um domingo. Na quinta-feira anterior deram o primeiro beijo ("piqueno") na boca. "Mas a nôte más feliz par mim, foi a do casamento! Ai que bonita nôte!" Todos imaginamos o porquê, mas com apenas um beijo dado o que teria acontecido naquela noite feliz... "Atã, o mê António pôs-se todo nú à minha frente!!!" E ti' Bárbara... como reagiria ela? "Atã e eu 'tava maluca naquela nôte e despi-me

Bebedeira de sono

Este cantar das cigarras embebeda-me o sono...

Helena Gravato ...

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Ainda não fez um ano que a Vendida da Morte levou a voz da Beatriz Quintella e agora requisita outra contadora para o seu lado. Helena Gravato. Uma Contabandista, de Oeiras, do Mundo.  Nunca cruzámos grandes falas, mas ela já me fez chegar aos ouvidos muitas histórias. E eu gostava do seu registo. Não era um tom histérico, nem monocórdico. Era o seu registo de voz, sem pretensões de com ela conquistar o Mundo. Era uma voz mensageira de histórias que aconteceram. Somente isso... aliás, Tudo isso! Tenho a certeza que a Dra Da Graça (Bia Quintella) a vai receber com uma corneta na mão e juntas vão brindar ao cabrão do cancro que as juntou para sempre... Helena Gravato

Dos textos que me fazem parar para ler e que no final, tanto fico com um nó no estômago como suspiro de alívio!

Dos textos que me fazem parar para ler e que no final, tanto fico com um nó no estômago como suspiro de alívio! Educarmo-nos em consciência é O desafio; educar os outros, em especial se se trata dos nossos filhos, é O desafio em dose dupla. O nome técnico disto "Parentalidade Consciente".  Gosto, identifico-me, leio e "sigo" a Mikaela desde os tempos do Manifesto Anti-Trabalhos de Casa , altura em que entrámos em contacto uma com a outra. Desde então já me mordi várias vezes por não ter capacidade financeira de ir ter com ela e fazer uma formação e já me senti tranquilizada por ela (mesmo numa relação virtual a Mia tem esta capacidade). Sinto-a uma Mulher poderosa, íntegra, tranquila, com um Caminho longo e sério na área do Mindfulness. Resumindo, o que conheço da Mikaela ... daqui  e daqui  dá-me pano para mangas para reflectir. Não são frases feitas, não passeia de hotel em hotel, não anuncia marcas ou festivais, não fotografa receitas... faz-nos reflectir no

O peso da alma

"O peso da nossa alma é medido em grãos de felicidade."

das ideias maravilhosas das crianças

Dos momentos de partilha entre dois amigos e colegas, uma casa e um fim de semana "Mãe R. ... Mãe S. ... hoje eu e o A. podemos ser irmãos?!"

A vida encarrega-se de nos dar aquilo que lhe damos...

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A vida encarrega-se de nos dar aquilo que lhe damos. Frase feita mas verdadeira. E cada um de nós já o disse pelo menos uma vez "A vida é justa, dás e depois recebes". Já dei mau e colhi muito mau. Já dei bom e colhi muito bom. Por isso, uma das coisas a que tomo cada vez mais atenção é a Este Presente. O Seu reflexo está no Futuro e um dia tornar-se-á Presente. Viver um Presente em Verdade, rodeada de todos os meus Eus e Outros e, crescer para ser a pessoa mais feliz consigo própria.    É um jogo difícil de encaixar nas regras da vida. Implica mente aberta, e mais jogo de cintura que na Capoeira.  Mente fechada leva a menos jogo de cintura, menos capacidade de improvisar, menos capacidade de caminhar no desconhecido, mais medo, menos capacidade de estar Presente.  E este jogo aprende-se? Aprende, da forma mais dura.  Quais as regras? Solidão. Sem parceiro de jogo. És tu, o dado e o tabuleiro. Quanto tempo dura cada jogada? Às vezes anos.  Quantos jogadores? Os que

Importação e Exportação - Entre Eu e Outro

Quantas vezes pensamos nós, verdadeiramente, no outro? Quantas vezes nos colocamos na idade do outro, e em tudo o que ela implica?  Quantas vezes nos colocamos na vida do outro, e em tudo o que ela agarra? Dizer que nos colocamos no lugar dos outros passa muitas vezes por um "colocar no que está à vista" e de facto, existem pessoas com as quais não precisamos gastar mais energia, mas muitas das que nos rodeiam merecem que façamos o exercício básico do "sair do filme". Ou seja, por instantes,  sairmos de nós mesmos, olharmos para nós próprios (como se fossemos personagem de novela), olharmos para o outro e seguirmos em direcção ao lugar do outro. Já no seu lugar lembrarmo-nos do seu tamanho, idade, história, situação actual de vida, reacções anteriores, tendências... E lembramo-nos? Quase de certeza que não. Importamo-nos? Quase de certeza que sim. Importamos os nossos preconceitos novamente para o nosso interior. Importamos as nossas suposições para o nosso i