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A mostrar mensagens de fevereiro, 2013

Ou sim, ou sopas...

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Há muitos anos atrás a minha catequista, a grande Maria João Sabbo, contou-me um episódio que ainda hoje me visita. Dizia ela que, um dia, na faculdade, depois de uma discussão acesa com um professor, este lhe disse: "Mª João ou é sim, ou é sopas", ela levantou-se e disse: "Sopas, senhor Professor" e saiu porta fora. Uma criança ouvir a sua  meritíssima catequista, contar uma história de rebeldia perante um professor foi O fascínio. Não me lembro dos seus ensinamentos e conselhos cristãos, apenas me lembro deste episódio em que ela não deu a outra face. Estes dias tenho andado em reuniões constantes com o Tico e o Teco, a fim de decidir se "sim" ou se "sopas"... e não é fácil. Tudo tem o seu tempo de amadurecimento e até chegar à colheita vão alguns dias e algumas noites. Chegar à decisão é arriscar, é escolha, é dor, é cansaço, são prós e contras equacionados. Por vezes chegam-nos pequenos telegramas que nos ajudam na decisão, ou na tomada de

Música Sabura: Dani Santoz Feat. Mirri Lobo - Triste è Sabe

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Música Sabura a poucos dias da Gala "Cabo Verde Music Awards 2013"... Vai ser linda a festa! 

Ocupar em vez de Pré-ocupar

A propósito do meu momento Sabura de ontem, onde se partilhavam experiências, vontades e se falava das mudanças que a Escola tinha sofrido...  A Maria do Céu era uma mulher possante. Dava-nos aulas, das 9h às 15.30h, na sala 3 da escola nº 25 de Lisboa. Éramos mais de vinte. Uma das minhas maiores recordações do período da escola primária (actual 1º ciclo)  era o espírito de grupo que existia e que a Maria do Céu conseguia incutir. Lembro-me de memórias de afectos e não de métodos. O "Página a página" era o nosso manual de língua portuguesa e lá estava (tal como hoje) a ordem pela qual devíamos aprender as letras. A ordem pela qual devíamos começar a perceber o mundo. Nunca fomos senhores de escolher ou descobrir a nossa ordem ou nossos interesses, mas a Mª do Céu fez tudo de forma tão amorosa que o prazer presente naquela sala enchia balões de ar quente. Lembro-me também de sermos um orgulho para ela, excepto o Bruno que levava reguadas todo o santo dia (nós ach

Histórias sem fim...

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Marina Abramovic e Ulay (Moma 2010) História deste encontro entre Marina Abramovic e Ulay, vinte e três anos depois de se terem separado... "Nos anos 70, Marina Abramovic viveu uma intensa história de amor com Ulay. Durante 5 anos viveram num furgão, realizando todo tipo de art performances. Quando sentiram que a relação já não valia aos dois, decidiram percorrer a Grande Muralha da China; cada um começou a caminhar de um lado, para se encontrarem no meio, dar um último grande abraço, e nunca mais se verem. Vinte e três anos depois, em 2010, quando Marina já era uma artista consagrada, o MoMa de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva à sua obra. Nessa retrospectiva, Marina compartilhava um minuto de silêncio com cada estranho que sentasse a sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse...  Os olhos são o nosso espelho. O olhar é nosso ponto de partida e de chegada... Há histórias que não têm fim. Em boa verdade “foram fel