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A mostrar mensagens de maio, 2014

Dia da Espiga

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Dia da Espiga lembro-me do ritual de ir apanhar papoilas, ervas, malmequeres e muitas espigas, atar o molho com uma ráfia e levar para casa. Um dia, segundo a tradição cristã, em que não se devia trabalhar. O dia mais santo do ano. O meio dia em que  "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam" (gosto muito desta abordagem! Dava imenso jeito cumpri-la). Como não me é possível não trabalhar e não sigo o ritual, fico-me pela memória dos ramos e o seu simbolismo: Espiga – pão Malmequer – ouro e prata Papoila – amor e vida Oliveira – azeite e paz; luz Videira – vinho e alegria Alecrim – saúde e força

Ver por dentro, ver por fora

Às vezes fico dentro de mim, olho-me e vejo desejos, expectativas, fraquezas, conflitos, caos, promoções a que não consigo chegar, receitas que adoraria saber confeccionar, uma voz de fraco volume e um caminho solitário... depois, e às vezes também, deu um pulo para fora de mim, olho-me e vejo uma Mulher decidida, determinada, paciente, tranquila, com 4 quilos a mais, a empenhar-se no que acredita e a desistir do que não acredita, com uma relação muito saudável com o seu filho e a saber sonhar. E vejo-me Mulher, num caminho de terra e acompanhada por mais alguém... Quando me olho por dentro os barulhos são ensurdecedores, a música desafinada, a luz pouca. Quando me vejo por fora os barulhos têm protecção de algodão, a música encadeada com os batimentos do meu peito e a luz é a de um pôr-de-sol. Há dias que a Mª de Fátima me convida a ficar por dentro, há outros em que a Pilar insiste em irmos sairmos.    Se calhar o melhor mesmo será eu e a Pilar, convidarmos a Mª de Fátima

Calcanhar de Aquiles

E quando nos dói o Calcanhar de Aquiles, quer dizer que, ele é ele próprio?! Aceito todas as abordagens (espirituais, médicas, filosóficas, neurológicas, candongueiros, gurus e sou-quase-um guru, ...)

Paciência, Pazciência ou Ciência da Paz

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Paciência, Pazciência,  Ciência da Paz - capacidade de regeneração de um ser humano, no espaço que vai de si ao outro.

"Eu não me importo com o que os outros pensam, dizem ou acham de mim. Eu sou assim, se gostares ficas, se não...que assim seja!"

"Eu não me importo com o que os outros pensam, dizem ou acham de mim. Eu sou assim, se gostares ficas, se não...que assim seja!" E o que me tira do sério esta ladaínha?! Fico-me com umas ganas na garganta e nas palmas das mãos...  1º Se não te importas tanto, não fazias questão de relembrar, vezes sem conta, esta ladaínha. Provavelmente, se te sentisses seguro contigo e com as tuas decisões, vivias tranquilamente com as tuas verdades e tudo o que os outros dissessem de ti, era recebido como um acto de Amor. 2º Se não te importas com o que os outros pensam, dizem ou "acham" de ti porque estás com eles (se não estás com eles certamente não ouvirás nada, mas se ouviste é porque estás com eles, seja de que maneira for)? Provavelmente para outras coisas que não, a aprovação em relação a ti... mas ainda bem que eles pensam, falam e "acham" acerca de ti, de outra forma era sinal que tinhas sido completamente indiferente aos seus olhos (talvez por ser

Três horas de sesta...

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Dois dias de fim de semana para repor as horas de sono, repor a despensa, a roupa, o tempo "descornometrado"... Foram dias difíceis... mas se fossem fáceis não eram para mim, não eram para a Escola Superior de Educação Jean Piaget de Almada!  Entre tanta coisa sabia que havia sempre um porto de abrigo, a equipa com quem trabalhei, alunas (os) dos cursos de Ensino Básico (Lic. e Mestrado). Todo o processo construído por elas. Um evento onde se planeia, organiza e executa tudo em equipa com professores das UC de Literatura e funcionários da casa.  O "Olá Palavra" são três dias em que os nossos alunos transformam um pavilhão do Instituto Piaget num mundo de Palavras. Dentro das salas o 2º e 3º ano contam histórias, organizam os grupos, os cenários, as histórias. Cá fora o 1º ano organiza as partes exteriores das salas e o acolhimento aos participantes. Na sala de saída o Mestrado (voluntariamente) organiza/decora a sala e uma prenda de oferta - este ano um M

team work...

Cansada, muito. Mas feliz, ainda mais. Quando trabalho em equipa o prazer aumenta e a motivação também. Por estes dias a minha equipa tem cerca de sessenta pessoas. Eram precisas mais, ou talvez não, porque esta é uma daquelas equipas em que somos poucos mas bons! Hoje, ao final do dia, juntámo-nos cinco. Percebemos que, em comum, tinhamos uma coisa: todos nós passámos pelo escutismo. Uns ainda continuam, outros não. E a respota para aqueles cinco continuarem ali a trabalhar passadas catorze horas de começar, era simples: "servir sempre". Um dos princípios do escutismo. E era verdade, continuávamos a trabalhar e, não podíamos deixar aquele local pior do que o encontrámos, só melhor. E isto é coisa que se aprende desde cedo quando um escuteiro acampa.  Muitas vezes fui "gozada" já em adulta por causa de ter passado por este escola. Mas quem vê unicamente um escuteiro como uma pessoa que ajuda as velhinhas a atravessar a estrada, veste uma farda ridícula e cump

Lá não esqueço ...

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Pelos vários Caminhos da vida, existem algumas estações onde eu paro com frequência. Outras há, que desconheço, ou por onde já passei e ainda não me senti cativada a entrar e explorar. Uma das estações que conheço e por onde passo todos os dias é a dos Espelhos. Lá, vejo e revejo a minha imagem reflectida. Sou eu em frente a um espelho e vários a serem reflectidos. Lá não esqueço que somos sempre um reflexo do outro, seja ele quem for e de quem sejam os seus reflexos. E isto dá-me que pensar (e olhar) nas pessoas que me rodeiam e no meu Caminho de vida. 

"Olá Palavra" 22,23,24 de Maio 2014 no Instituto Piaget de Almada

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No meu local de labuta há catorze anos que organizamos uma festa para comemorar o Dia da Criança. A festa chama-se "Olá" e é isso que queremos fazer, cumprimentar todas crianças da Área Metropolitana de Lisboa, no seu dia especial! O "Olá" começou por ser "Olá Ciência" e teve um tremendo êxito. Passados cerca de onze anos reformulou-se o evento e passou a chamar-se "Olá Palavra". Demos a volta às ciências e passámos à literatura. Mudou o tema mas não mudou a execução, nem o objectivo.  A ideia é oferecer uma manhã ou tarde, às crianças do jardim de infância, pré-escolar ou 1º ciclo, nas nossas instalações verdejantes e arejadas fazendo actividades ligadas ao "Olá". Todas as actividades são planeadas, preparadas e executadas em parceria entre professores da Escola Superior de Educação Jean Piaget (Almada) e os alunos dos curso de Licenciatura (ensino básico) e Mestrado (ensino pré-escolar e primeiro ciclo).  No "Olá Pal

Das coisas que andam por aqui e por aí...

Se quiseres ficar com a minha ideia, fica. Eu ficarei feliz se a encontrar, mas melhorada por ti. E aí sim, valeu a pena todo o meu esforço. Mas se eu a encontrar tal como a criei, não valeu a pena o teu esforço em copiar.

Em dia de Ranking

Ter uma reunião na escola do Guerreiro de Voz Branca e, ouvir da professora as histórias da sua relação com o seu aluno foi Bom. Melhor ainda, identificar-me com as suas atitudes e, pensar que eu faria igual com os meus alunos, é Muito Bom! É um primeiro lugar directo no ranking dos professores! E um tremendo alívio para a Mãe Sabura! Quanto aos exames de hoje continuo a não lhes achar piada nenhuma. O "antes" e o "depois" não existem para o M.E. . Este momento é que existe e conta. Com os resultados só se chumbam os alunos, mais ninguém, infelizmente. 

E foi nesse dia que ela iniciou a seu caminho, com a mente em liberdade e o corpo em leveza! E esse dia foi hoje!

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Tinha-lhe prometido ficar consigo para sempre. Ela resistiu um pouco à ideia mas acabou por aceitar. Sabia que, com o tempo, podia moldar-se a essa nova realidade, a esse novo estado. Ele fez tudo o que tinha ao seu alcance para a conquistar. Todos os dias colava-se às suas entranhas, dava-lhe colo e atenção. Concedia-lhe toda a atenção necessária, nunca a abandonava. E deu-lhe também o fundamental, espaço. Sim, ela precisava de mais espaço neste novo estado... não sabia fazer as coisas de forma pequena, cada vez que agia era sempre em grande escala e ele, acedendo ao seu pedido, deu-lhe ainda mais espaço. Agora tamanho dela era ainda maior e sobretudo, o colo que tinha para dar também o era. Mas um dia ela decidiu que, tudo o que ele lhe dava, era demasiado. Estranhamente, o aumentar do seu espaço, não encurtava a distância entre os outros, pelo contrário, aumentava. E estar longe dos outros era coisa que ela não suportava. Decidiu separar-se dele. Uma luta delicada e desgastante

Boa Nona-feira para vocês!

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Há fins de semana que deviam chamar-se "Sétima-feira" e "Oitava-feira" consequentemente hoje é "Nona-feira"...

Não me despedir de ti. Não me despedir de mim

"Acordar, tomar banho, espalhar creme hidratante vestir roupa interior vestir roupa exterior calçar sapatos comer sem olhar ter o relógio a guiar ter o trânsito à espera despedir-me de ti despedir-me de mim Acordar cumprimentar longa e tranquilamente "Pequeno-almoçar" sem tempo não tomar banho colocar creme protector vestir biquini vestir qualquer trapinho calçar a Birck ou a havaiana saber que o regador da relva faz aproximar as 8.30 ter o barco à nossa espera caminhar a pé para chegar ao sítio cumprimentar o mar Não me despedir de ti Não me despedir de mim." Gosto tanto dos dias em que é o corpo a ditar as horas...

Mais uma ronda nos jardins de infância, em modo Literacia Familiar!

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Começou mais uma ronda aos jardins de infância. Desta vez levo-lhes livros que são comidos por camelos e por gente, palavras que desaparecem dos livros e propostas para eles voltarem a aparecer nos livros, com as suas palavras... É de Palavras que precisamos!              

O namoro entre as bolas

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Esta noite, e deste lado do mundo, a Lua esteve tão cheia que quase me entornou o Silêncio...              E o Sol quase me esvaziou o olhar...

Tremores de Terra-Mãe

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Não foi um, nem dois, nem três... foram exactamente quatro, os tremores de Terra sentidos neste território Sabura. Desta vez a Terra tremeu mas os radares estavam ligados e em alerta. O aviso de um abalo sísmico chegou com algum tempo de antecedência e, no espaço de uma semana, a Terra abanou duas vezes. O último, ocorrido durante este fim-de-semana, teve a maior réplica hoje. Ao ver os estragos provocados pensei no quanto o Mundo se está a modificar. Felizmente conheci todas as paisagens do seu passado, descubro novas vistas a cada momento presente e, tenho a certeza que, no seu futuro, o Mundo, será um lugar ainda melhor...                         

"De zero a Dez" uma escalada de dor

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Um ano e meio a sofrer de dores físicas e muitos outros a sofrer de dores de coração. Estas últimas as que não têm solução, a perda de dois filhos. As primeiras, as que supostamente a medicina descobre a solução.  O resultado de mais uma operação não pode ser o de ficar com uma dor crónica, seria muito injusto. Não sabemos na nossa família o que é uma dor crónica. Sempre tivemos dores curáveis. Não pode ser verdade que, por um erro técnico ou falha humana, uma pessoa sofra de dores o resto das vinte e quatro horas por dia durante o resto dos seus dias. O cenário está em aberto, mas estão a começar a repetir-se os sintomas de há um ano e meio atrás. Não queremos pensar que o pesadelo não teve morte. A dor deve ser o sintoma mais presente e comum na Humanidade, tal como a morte.  E como nada acontece por acaso, esta semana (difícil), a minha amiga Margarida Fonseca Santos vai lançar um livro sobre a dor crónica. Chama-se "De zero a Dez" (a escala de dor). O lançamento

TOMS em Portugal... sim!

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Todos os dias chega aqui alguém ao Beijo Sabura à procura das TOM S em Portugal... Desde o dia em que eu coloquei aqui a pergunta até hoje, a única coisa que posso adiantar é que me disseram que existe uma loja no Centro Comercial Amoreiras, em Lisboa, que vende Crocs e também as TOMS... Se passarem por lá confirmem a informação e, se ficarem eternamente gratos por eu vos ter dado uma pista, podem enviar um par, aqui para o Beijo Sabura, número 40 ou 34! Agradecida :)

Dois dias de viagens

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Dois dias de viagens por entre paisagens bonitas e chegada à estação. Uma estação iluminada com luz natural e paredes forradas a afectos de ouro. Obrigada a todos os que acompanharam, participaram e engrandeceram estes meus dois dias. Gente vinda de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Vila Real, Lisboa, Benavente, Setúbal, Costa de Caparica, Algarve, Seixal, Almada ... que, por respeito aos seus filhos e aos seus educandos, se deslocou de até Almada, para que estes recebem um livro com as suas palavras inscritas. Gente que deu os seus vários Tempos (emocional, físico, financeiro...) à Palavra, à Poesia.     Tantos momentos mágicos... A escritora Alice Vieira que nos fez rir à volta das suas Palavras soltas.  A Violante Magalhães que, de forma tão doce, nos falou de um assunto menos feliz (Metas Curriculares) mas que tão tornou agradável ao percebermos a sua responsabilidade na introdução da poesia nestas.  A Elisa que nos falou de uma Escada da Poesia na escola, que p