No dia internacional do beijo... vem o dia das Lembranças do Amor


No dia internacional do beijo...

vem o dia das Lembranças do Amor com beijos roubados, esquentados, esquecidos, nunca dados, viciados, grandiosos, delicados, desproporcionados, embrulhados, ocupas, longos, parados, desarrumados. Todos eles iguais ao amor...

E o que é ele? Esquecendo poetas, filósofos... que palavras ficam para ele? 

Que lhe queres, ou melhor, o que queres dele para ti?

O que queremos do outro que não temos em nós? E se não temos conseguimos pedir ao outro? Não somos espelhos?

Se não temos tempo para nos amar a nós próprios, como temos tempo para amar mais alguém?

Se não nos fascinamos connosco próprios, como nos conseguimos fascinar por mais alguém?

Se não conseguimos lutar pela nossa felicidade, como podemos lutar por alguém?

Como podemos ficar no Amor, se não paramos para Ser?

Se não consegues estar contigo, como consegues estar com mais alguém?

O Amor muda as suas vestes? Claro que muda. Eu mudo. As minhas vestes vão sendo cada vez mais as minhas, as que quero usar e não as que querem que eu vista.

Se me descobrir na verdade, a verdade vai chegar ao outro. E maior que eu, é o que eu posso fazer com o que sinto pelo outro. 

Se calhar, tudo que eu quero para mim é misturar-me com o teu Tempo, tal como o meu Amor se quer misturar com o teu. Em Memória, Tempo e Amor. Se calhar o que eu quero é deixar de ter Tempo e ficar no Amor sem Ele.

O Amor tem pernas, mãos, asas e é frágil como vidro. Caminha, dá, recebe, voa. Não tem olhos, para não se cansar do resto do mundo. O Amor já viu tudo, já escutou, sentiu. O trabalho dele é encontrar o Infinito.   

Para o Amor não restam muitas palavras. Ele deixa-as para o Tempo, um dia, falar dele...


Jericoacoara

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