Ser mãe é...
Desde há sete anos para cá que o dia da Mãe é celebrado no misto entre Filha e Mãe.
Há trinta e nove anos que sou filha. Há sete que sou mãe.
Em nenhum dos papeis me deram manual, mas o certo é que, para mim, o papel de Mãe sempre assumiu maior responsabilidade do que o de filha. Lembro-me, em cada desavença com os meus pais, de lhes dizer (a maior das vezes, de pensar, para não levar uma achega no pêlo) que eu não tinha pedido para nascer. E se calhar por isso, o peso da responsabilidade enquanto filha sempre foi nulo. Eu sempre estive cá de borla! Nunca exige estar, por isso, aguentem-se! Não tenho de fazer feliz quem escolheu por mim (achava eu que eram eles que escolhiam)...
Já o papel de Mãe foi opção minha e, por essa razão, a responsabilidade é aceite na totalidade.
Mas haverá mesmo tão grande distância entre um e outro?
Seremos mesmo tão diferentes filhos e pais? Acredito que em algumas coisas sim. Sou alguém que, contrariamente aos meus progenitores, tem tempo de vida para si. Tenho, contrariamente a eles, vários mundos ao meu alcance, viajo, descubro, e sobretudo, e onde reside a principal diferença, vou tentando conhecer-me.
Por esta razão digo que, inconscientemente sou filha há trinta e anos, e, conscientemente sou mãe há sete. Agora sou eu a rede.
Tem sido a maior experiência de vida. Aquela onde eu vivo em sobressalto com uma única questão... onde está a linha que separa o que eu dou e o que ele é? Não fui eu que o escolhi, foi ele que me escolheu. A razão, já sei qual foi. Agora resta esperar até ao fim dos nossos dias!
SER MÃE É SER VERBO NA 3ª PESSOA DO PLURAL...
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