Fascínio Nazaré Blow Up

Há cerca de uns anos atrás, muito contrariada, fui em direcção a uns dias de surf. "Apenas um dia, ok?! Preciso de férias!". Pois sim. Fiz um dia, dois, três, quatro, cinco dias de aprendizagem de surf, na nossa bela costa Vicentina, mais concretamente na praia da Cordoama. Fui contrariada porque queria descansar, não me apetecia esforço algum. Depois das primeiras horas a perceber o que é um shop, uma prancha, espuma da água, fato-de-surf ...senti que o meu corpo gostava daquilo e queria continuar. É bom ter o corpo cansado de exercício físico (nem todo... a meu ver. Para mim este cansaço pode resumir-se a surf e ioga). Sei que, no final de dois dias dentro das turbinas da mãe natureza, eu não conseguia fazer a ligação física e emocional com o meu corpo. Sei que só conseguia comunicar com os olhos. Sei que as únicas coisas que comunicava eram dores musculares e serenidade na mente. Sei que a sensação de estar no mar passou a ser de uma liberdade muito concreta. É de um tempo que não passa. Uma sintonia diferente de todos os outros contactos com o mar. A minha experiência com o surf ficou por ali, mas a vontade de voltar a experimentar ficou cá guardada. Agora percebo um bocadinho mais do fascínio por esta forma de estar com o mar. Percebo mais um bocadinho do respeito e da admiração pelo mar. Por tudo (e só) isto fascinam-me as notícias, imagens e vídeos do que se passa na nossa praia do Norte, na Nazaré. Andam por lá uns loucos, que não devem ter coração, nem pêlos no corpo, a surfar ondas gigantes! O recorde mundial, deste tipo de loucura, foi batido o ano passado por um Ser chamado Mcnamara. Ele conseguiu colocar-se em cima de bloco de água salgada com cerca de trinta metros de altura. Este ano, por estes dias, eles estão por lá a tentar mais Adamastores... Eu fico deste lado, de boca aberta e pêlos eriçados, a olhar para estas imagens. 

Europa - Portugal - Norte Litoral - Nazaré 

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