Só porque sim, só porque há verdadeiro amor



São tão bons os programas "gratuitos". Gratuitos na sua origem, ou seja, quando alguém te envia uma carta; um sms; te puxa para ver o mar; telefona só para te dizer que "nada de especial só porque tenho saudades"; te convida para dançar, para almoçar ... só porque, na verdade, sim! Sim, só porque é bom. Só! Só porque é feito com amor e sem outro intuito. A surpresa e a saudade combinam quase tão bem como esta salada, produto de um convite destes. Em cinco minutos (surpresa+saudade) combinámos um encontro que, se tivesse qualquer outra intenção, demoraria semanas a acontecer! Em cinco minutos combinámos a perfeição. Almoço no Pão de Canela, na linda Praça das Flores (Lisboa), matar saudades ao vivo, falar, falar, falar, respirar, comer, relaxar, apreciar...verdadeiro SPA mental! Tudo isto só porque sim. Porque foi gratuito e de coração despido.
Eu tenho o feitio de gostar de "dar e receber" surpresas (materiais e imateriais - sobretudo) é uma herança de família, mas ultimamente sinto que dificilmente as pessoas as recebem como qualquer coisa gratuita. Qualquer coisa que exista só porque sim. Só porque se gosta. Só porque se despe o coração e se acredita no outro. Só.
Hoje, felizmente, o convite "gratuito" foi concebido em conjunto e executado em pleno. Eu acreditei, do outro lado também e foi só assim... só porque sim, só porque há verdadeiro amor.

(se calhar o "gratuito" é exagero porque isso exigia valor zero e nós não o somos no amor, somos muito, certo?!) 



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