de 16 a 18 de fevereiro...

Acredito que nada é por acaso e faço o exercício de, quando alguma coisa corre menos bem, pensar no que isso me trouxe de bom. Nem sempre é fácil, mas quero caminhar para lá. Tenho na minha vida pessoas que vivem desta forma e sinto que são seguramente mais felizes.
Há uma em especial, que todos os dias me ensina a olhar desta forma diferente, aliás, desta melhor forma. Ela própria consegue fazê-lo e parece que tem a pele carregada com os cinco sentidos. Na desgraça, vê alguma coisa de bom; nos dias de chuva, há motivos para sorrir; acordar é sempre bom sinal, seja lá que dia da semana for; ficar hospitalizada permite parar para reflectir; a doença consegue trazer outros afectos; e por aí fora... tudo o que acontece não é por acaso e é aceite de coração aberto. 
Por estes dias recebi uma mensagem desta pessoa onde testemunhava mais uma vez a sua carga de sensibilidade. Não tem um olhar lírico, tem uma capacidade tremenda de olhar para o mais simples e de nele ver uma beleza imensa. E consegue explicar-me por A+B as razões dessa beleza (daí eu dizer que não tem olhar lírico, perdido nas palavras). Se calhar é o poder da aceitação... não sei ao certo. Mas todo o seu conjunto faz dela a pessoa mais optimista que eu conheço. A pessoa em causa tem sido para mim uma Mestre de Vida e é isso que me apetece partilhar. Com ela o meu Ser cresce. Com ela aprendo verdadeiramente a caminhar. 
Aí desse lado, quem lê Beijo Sabura, se consegue ter este poder, faça favor de o partilhar, não o guarde na gaveta. É como a história dos elogios ou das reclamações, os dois devem ser ouvidos. Se tem alguém assim na sua vida, aproveite e fique grata por tamanha sorte.
Nos dias menos Sabura, tento apanhar boleia da sua esperança, da sua garra, da sua vontade de viver... porque há dias em que o Tico e o Teco teimam em não acordar enérgicos e com vontade de salvar o mundo (deve ser porque ainda não aceitaram que é tão maravilhoso acordar à segunda-feira, com nevoeiro, frio e notícias de crimes bem perto deles). 

Comentários

  1. Eu tenho uma amiga assim. De uma simplicidade extrema e os problemas que ela vai tendo, mas está sempre lá, com os dois ombros bem receptivos. É a quem recorro muitas vezes nos bons e menos bons momentos.

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    1. Depois de escrever estas linhas passei os "olhos" pelos meus amigos e encontrei mais uns quantos assim. Esta pessoa, de facto, torna-se mais especial porque já entrou nos "enta" há muitos anos mas continua com o espírito nos "intes". Tenho a certeza que também tens dois ombros assim! Beijos Sabura

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